Vejam o que aconteceu no Ceará,

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quando tentaram empregar algumas costureiras......


Curso para 500 mulheres

Alguém tinha alguma dúvida de que isso iria
acontecer?

Como o setor têxtil é de vital importância para a
economia do Ceará, a demanda por mão de obra na indústria
têxtil é imensa e precisa ser constantemente formada e
preparada.

Diante disso, o Sinditêxtil fechou um acordo com o Governo
para coordenar um curso de formação de costureiras.

O governo exigiu que o curso deveria atender a um grupo de
500 mulheres que recebem o Bolsa Família. De novo: só para
aquelas que recebem o Bolsa Família.
O importante acordo foi fechado dentro das seguintes
atribuições: o Governo entrou com o recurso; o Senai
com a formação das costureiras, através de um curso de
120 horas/aula; e o Sinditêxtil, com o compromisso de
enviar o cadastro das formandas às inúmeras indústrias do
setor, que dariam emprego às novas costureiras.

Pela carência de mão obra, a ideia não poderia ser
melhor. Pois é....
Pois bem.

O curso foi concluído recentemente e, com isso, os
cadastros das costureiras formadas foram enviados para as
empresas, que se prontificaram em fazer as contratações.

E foi nessa hora que a porca torceu o rabo. Anotem
aí: o número de contratações foi ZERO.
Entenderam bem? ZERO !


O motivo?

Simples, embora triste e muito lamentável, como afirma com
dó, o diretor do Sinditêxtil.
Todas as costureiras, por estarem incluídas no Bolsa
Família, se negaram a trabalhar com carteira assinada.
Para todas as 500 costureiras que fizeram o curso, o Bolsa
Família é um beneficio que não pode ser perdido.

É para sempre.

Nenhuma admite perder o subsidio

SEM NEGÓCIO.

Repito: de forma uníssona, a condição imposta pelas 500
formandas é de que não se negocia a perda do Bolsa
Família.

Para trabalhar como costureira, só recebendo por fora, na
informalidade.
Como as empresas se negaram, nenhuma costureira foi
aproveitada.

Casos idênticos estão se multiplicando em vários setores.






RAY PINHEIRO
BRASILIA-DF-BRASIL

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