Polícia prende 17 por venda de “piratas”

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Uma operação realizada pela Delegacia do Consumidor (Decon) apreendeu, no início da manhã de ontem, cerca de quatro mil DVDs e CDs piratas no trecho da rua João Alfredo, entre as travessas 7 de Setembro e Padre Eutíquio, no centro comercial. A área é o principal ponto de fornecimento e venda de pirataria na cidade. Durante a operação, também foram presas 17 pessoas e apreendidas quatro motocicletas que seriam de fornecedores da mercadoria ilegal.
O trabalho envolveu todo o contingente da Decon (quatro delegados e 21 policiais civis). Eles chegaram ao local por volta das 6 horas quando flagraram dezenas de pessoas comercializado DVDs e CDs piratas. 'Neste horário os fornecedores estavam distribuindo a mercadoria a diversos vendedores da área comercial e de outros pontos espalhados pela cidade. Levamos vários dias investigando a ação desses fornecedores até a realização da operação que já é a quarta realizada somente neste ano', considerou o delegado Roberto Chada, diretor da Decon. De acordo com ele, toda pirataria apreendida e as quatro motocicletas de marca Honda e placas JTN 3801, JUW 6488, JUE 6225 e JVM 3910 serão encaminhadas à Justiça para que esta decida o que fazer com o material. 'No caso dos CDs e DVDs piratas, eles devem ficar na sede Decon até que o prazo de 30 dias, quando encerraremos o procedimento. Em seguida, é a Justiça que tomará a decisão de destruí-los', explicou o delegado Chada.
Os 17 presos também foram conduzidos à sede da Decon, que funciona no prédio da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe). Com idades entre 18 e 40 anos, eles foram identificados como Raimundo Santos do Socorro Xavier, acusado de ser o único fornecedor que a polícia conseguiu prender durante a operação; Valério Matias, Toniel Gomes Ramos, Euziene Cardoso Figueiredo, Soanne Martins Figueiredo, Jonas Souza de Alencar, Raimundo Luiz Miranda Lopes, Ely França de Azevedo, Bruno Padilha de Souza, Ozias Miranda Lopes, Fernando de Oliveira Monteiro, Adenilson dos Santos Cardoso, Eurico Santos Leão, Ataíde Alves de Carvalho, José Geraldo Rodrigues dos Ramos, Raimundo Lobo Nobre Jr. e Robson Alves Gomes.
Apenas as duas mulheres foram liberadas horas depois porque segundo os policiais da Decon não ficou comprovada a atuação delas no crime. Os demais foram autuados em flagrante por violação de direito autoral (artigo 184, parágrafo 2º do Código Penal Brasileiro) e por induzir consumidor ao erro (artigo 7º da Lei da Economia Popular nº. 8137).
'Os presos poderão ser soltos através de pagamento de fiança, porém somente na esfera judicial. Por enquanto eles permanecem presos à disposição da Justiça', afirmou Roberto Chada. Na opinião dele, a pirataria é um crime difícil de combater, no entanto, a polícia continuará investindo em operações desse tipo ao longo do ano.
Para um dos presos acusado de ser fornecedor da mercadoria ilegal, Raimundo Xavier, 44 anos, a venda ilegal de CDs e DVDs piratas é a única forma de sobrevivência diante da atual crise econômica. 'Eu não estava fornecendo e sim comprando CDs para vender no bairro da Pratinha. Com a renda da venda sustento quatro filhos e dois netos. É o que resta fazer quando não tem emprego para gente', justificou-se.

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