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E o sol nasce novamente...

Há ocasiões em nossa vida que
a noite parece interminável.

É assim quando todas as esperanças
parecem ter ido procurar
refúgio em algum lugar,
menos no nosso coração.

Não somamos nossas alegrias
como somamos nossos problemas.
Quando passamos por um caminho difícil,
fazemos uma revisão do que
vivemos e temos vivido e somamos
as dores,
que parecem crescer a cada
lembrança.

Se, inversamente,
fizéssemos o mesmo com nossos
momentos de alegria,
encontraríamos razões a mais para
viver e forças suplementares para
sobreviver aos impasses da vida.

Por mais longa que seja a noite,
por mais lento que tenha sido
o relógio e por mais dolorido
que tenha estado nosso coração,
o sol nasce novamente.
Pouco importa se no dia seguinte
ele estará ainda encoberto por nuvens,
ele não estará encoberto eternamente.

A certeza de que algo de bom e bonito
existe nos faz guardar ainda acesa
a chama dentro do coração.
Se o sol vai e volta,
a lua some e reaparece,
as marés baixam e sobem,
não há razões para que na vida
não demos a volta por cima.
A natureza é a prova viva de que
tudo está em movimento sempre
e nós fazemos parte dessa
paisagem idealizada e plantada
por Deus.

Tudo é passageiro,
as alegrias vêem e vão,
mas o sofrimento também,
até mesmo aquele que se instala
no mais profundo do nosso ser,
ele também se acalma e deixa
um lugarzinho aberto para
a doçura de viver.

Não podemos desistir de ser felizes
enquanto o sol não desistir
de renascer.

TEXTO: Letícia Thompson

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