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CRUEZAS
Vanderli Granatto


Lançada no mar da vida,
Navego sem condução.
Direção perdida,
Entro em ebulição.
Caio no mar profundo,
Penetro no vale da perdição.
Ferida por dor, afundo,
Afogo a desilusão.
Quero dormir, o sono do esquecimento,
Ignorar a face do mundo,
Dar cabo ao tormento.
Quero queimar as recordações,
Enterrar todas dúvidas.
Esquecer as ilusões doridas.
Faço das cruezas da vida,
Um ramalhete de mágoas e feridas.
Atiro ao desgostoso vento que uiva,
fazendo um redemoinho das dores,
trazendo de volta as desilusões.
Iço a vela da vida,
Enfrento a causa da desunião.
Mato a desesperança.
Sigo no mar agitado.
O lamaçal da desilusão é agigantado.
Enfim encontro a união, dona de muitas vontades!
Enterro as cruezas da vida, de verdade.
Acho a razão no fundo do coração.
Meu desejo é derrubar a maldade, a crueldade,
Que muitos carregam no coração.
Vanderli
17/06/2008
Botucatu/SP
Publicado no Recanto das Letras em:18/06/2008
Código do texto T1039863

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